Uma nova rodada da pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (8), aponta que a aprovação ao trabalho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a empatar com a desaprovação, dentro da margem de erro. Segundo o levantamento, 48% aprovam a gestão petista, enquanto 49% desaprovam. É o primeiro empate entre os indicadores desde janeiro e o melhor patamar de aprovação do ano.
Recuperação após meses de desgaste
Ao longo de 2025, a desaprovação ao governo chegou a atingir níveis críticos. Em maio, 57% reprovavam a gestão, contra apenas 40% que a aprovavam — uma diferença de 17 pontos. A trajetória mudou a partir de julho, quando a aprovação subiu para 43% e passou a mostrar crescimento contínuo: 46% em agosto e setembro, até chegar aos atuais 48%. A desaprovação, por sua vez, caiu gradualmente, passando de 57% para 51% e agora 49%.
“O retrato político deste momento reforça a calcificação. Lulistas e a esquerda aprovam o governo quase que de forma unânime (> 80%); enquanto bolsonaristas e a direita desaprovam com a mesma força (> 80%). Entre o eleitorado independente, um empate técnico: 48% a 46%”, avaliou Felipe Nunes, diretor da Quaest.
Mulheres e católicos impulsionam melhora
A recuperação se distribui nos grupos sociais. Entre as mulheres, que foram determinantes na vitória de Lula em 2022, a aprovação subiu para 52%, contra 45% de desaprovação.
Entre os católicos, a aprovação também voltou a se destacar: 54% a favor do governo e 44% contra. Já entre os evangélicos, o cenário permanece desfavorável: 63% desaprovam e apenas 34% aprovam.
Nos recortes de idade, houve inversão entre o público de 35 a 59 anos: em setembro, 51% desaprovavam e 46% aprovavam; agora, 51% aprovam e 46% desaprovam. Entre os mais velhos, de 60 anos ou mais, os números indicam empate (50% a 46%).