A direção do Sintepe (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco) encontra-se estarrecida com o estupro ocorrido na Escola Estadual Carlos Gonçalves, no bairro de Salgadinho, Olinda, de acordo com notícias amplamente veiculadas na imprensa.
Em mesas de negociação, o Sintepe já fez reivindicações ao Governo do Estado para que implemente uma política de prevenção e de enfrentamento ao abuso e assédio sexual de adolescentes e jovens. Infelizmente, o Governo não apresentou uma política pública na rede estadual de ensino que possa combater este grande mal.
O Sintepe lançou, em maio, uma campanha nas escolas com cartilha que visa a prevenção sobre todos os tipos de abuso, inclusive assédio, com informações, orientações legais e locais para a busca de ajuda e denúncia!
O Sintepe ressalta a importância do papel de professores e professoras no ambiente escolar, sendo, inclusive, um professor que identificou, deu voz de prisão e denunciou o abuso na escola citada. Pesquisa do Disque Denúncia 100 comprova que é na relação com professores e professoras que as crianças e adolescentes se sentem mais seguros para denunciar abusos e assédios ocorridos em outros ambientes, isso porque estes profissionais são vistos como um porto seguro e acolhedor para a juventude pernambucana e brasileira.
Pelo que foi noticiado, o abusador prestava serviço de manutenção na Escola quando o absurdo ocorreu. Isso já demonstra outro alerta do Sintepe sobre a necessidade de contratação de profissionais dos serviços gerais e técnicos, também, por concurso público. A escola não é lugar onde qualquer pessoa pode circular livremente, pois é na escola pública onde estudam mais de 75% das crianças e adolescentes do Brasil.
Também faz-se necessário a realização de mais concursos públicos para profissionais da educação, inclusive para apoio escolar, que garantam nos amplos espaços das escolas, a presença de um corpo maior de servidores para cuidar de 500 a 1.500 jovens em um mesmo espaço comum.
O Sintepe ressalta que a proteção de crianças, adolescentes e jovens deve ser a prioridade central de qualquer Estado que vislumbre um presente e futuro enquanto nação soberana e justa!