Depois das comissões da Assembleia Legislativa de Pernambuco (ALEPE), que consolidou a maior derrota do Governo do Estado da história, a oposição à governadora Raquel Lyra volta a vencer e se torna ainda mais forte na correlação de forças políticas do parlamento. Com a mudança ocorrida nesta segunda-feira (18), partidos que já adotavam uma postura oposicionista irão cumprir essa função também na Alepe.
Como movimento natural de partidos que já se posicionavam contra o Governo Estadual, três deputados ligados ao PSB optaram por mudar de sigla. Waldemar Borges foi convidado pela presidência do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) para ingressar no partido; Diogo Moraes migrou, por uma decisão que envolve o presidente estadual Álvaro Porto, para o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB); já o deputado Júnior Matuto irá para o Partido da Renovação Democrática (PRD), partido que deixa de ser independente para integrar a oposição.
A mudança no xadrez consolida a força de oposição e aumenta a capacidade de fiscalização na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investiga: aditivos irregulares de publicidade, acima de R$ 100 milhões; supostas fraudes numa licitação de comunicação de R$ 1,2 bilhão com propaganda; além de ataques coordenados a instituições públicas e personalidades políticas, o chamado “Gabinete do Ódio”.
Bancadas – Com a mudança, as bancadas de oposição e de partidos independentes assumem a grande maioria na Assembleia Legislativa. O MDB integra de vez a oposição, a exemplo do que já havia decidido em sua disputa interna. O PRD também acompanha o campo oposicionista e o PSDB segue como independente, a exemplo do que também acontece com o União Brasil e o Partido Liberal (PL).